A quarta fase de desenvolvimento centra-se no inicio do século XIX a inicio do século XX, um período em que a ilha era considerada de estalagem do atlântico, sendo que o trafico de escravos e a venda de géneros agrícolas produzidos nas fazendas aos navios estrangeiros eram as suas principais fontes de rendimento.
A actividade económica ganhou maior destaque com a introdução do ciclo do café e cacau,que trouxe novos elementos ao desenvolvimento urbano da ilha de São Tomé, como consequência do investimento feito na altura em importantes sectores logísticos, como foi o caso das linhas férreas, que faziam a ligação entre as roças e a cidade, criando globalmente uma linha de circunvalação ligada às actividades comercias do porto da cidade, que no inicio do século XX viria a servir de base ao plano rodoviário da ilha. Tal investimento levou à construção de um outro porto de apoio, que servia para a importação, passando o mais antigo, que era munido com três guindastes a vapor, apenas para exportação.
A actividade económica ganhou maior destaque com a introdução do ciclo do café e cacau,que trouxe novos elementos ao desenvolvimento urbano da ilha de São Tomé, como consequência do investimento feito na altura em importantes sectores logísticos, como foi o caso das linhas férreas, que faziam a ligação entre as roças e a cidade, criando globalmente uma linha de circunvalação ligada às actividades comercias do porto da cidade, que no inicio do século XX viria a servir de base ao plano rodoviário da ilha. Tal investimento levou à construção de um outro porto de apoio, que servia para a importação, passando o mais antigo, que era munido com três guindastes a vapor, apenas para exportação.
Esta fase é marcada pela reorganização da cidade, com construção de novos edifícios institucionais dentro dos antigos núcleos, como se pode ver pela planta de 1888/89 . No núcleo da Sé destaca-se o edifício do palácio do governador e um novo quarteirão, onde está instalado o posto meteorológico; no quarteirão da antiga Misericórdia (actual Tribunal), no topo contrário, instala-se a Direcção das Obras Públicas; no núcleo da Alfândega, a construção do edifício da alfândega, que faz fronteira entre a praça e o espaço ligado ao porto.
Fora dos núcleos, é igualmente perceptível a criação de novos edifícios, como a albergaria das obras públicas, o quartel da polícia e o cabo submarino, que foi implantado em 1886.
Fora dos núcleos, é igualmente perceptível a criação de novos edifícios, como a albergaria das obras públicas, o quartel da polícia e o cabo submarino, que foi implantado em 1886.
Planta da cidade de S. Thomé [Material cartográfico : Ilha de S. Thomé / Bernardo Heitor Pereira Garcêz. - Escala 1:5000. - [Lisboa] : Lith. da Imprensa Nacional, 1889,(BND)
Refira-se que a implantação do 1º cabo sub-marino traduziu-se numa operação que foi empreendida através de um projecto protagonizado pela empresa inglesa West African Telegraph Company, que trouxe consigo técnicos da Serra Leoa. Verifica-se ainda a mudança de localização da cadeia, que outrora ficava perto do edifício da câmara para fora da malha da cidade.
Relativamente à construção de edifícios de carácter religiosos nota-se principalmente construção de algumas igrejas como a igreja escola de São João (actual sede do Sporting de São Tomé), de São Pedro no Pantufo e a Senhora da Gloria da Praia Melão, e a capela de São Pedro no local onde estava a antiga igreja de São João.
O desenvolvimento urbano foi marcado pela tímida “amarração” das casas nas vias de acesso ao interior da ilha, apesar de se ter constatado um novo avanço nesse sentido, nos finais do século XVIII, com a criação de vilas paroquiais como a da Trindade (“que foi fundada pelo governador João Manuel de Azambuja, no ano de 1779, junto ao alto monte em que existe a igreja paroquial, uma légua a oés-sudoeste da cidade”) , Santana, Guadalupe, Santo Amaro e Madalena “…onde o governador obrigou-os a construírem casas junto das igrejas e deu-lhes o nome de vilas e criou comandantes e juízes de vintena, e seus meirinhos e escrivães”).
Para além dos espaços públicos já mencionados, que englobavam os núcleos da Sé, da Misericórdia, da igreja da Conceição e o de São João, onde se vislumbra já a intenção de desenho de um espaço público, foi criado um quinto próximo da Praça da Alfandega, passando a alojar a Feira Grande (situada na actual Praça da Amizade e Solidariedade entre os Povos onde se encontra hoje o posto de venda de combustível, junto à casa comercial Pereira e Duarte), que veio satisfazer as necessidades da população.
Na planta de 1888/89, a Rua Direita já se estendia por toda a baía. Partindo da fortaleza de S. Sebastião, seguia a Rua do Espalmadouro, que liga a rua do Tronco (actual rua Samora Marchel, nas traseiras das casas de hospedes do palácio presidencial) à Rua da Misericórdia, que vai dar ao terreiro da Sé (Misericórdia/Sé), atravessava o rio Água-Grande e seguia pela Rua General Calheiros ( a rua da Loja Franca) que ia dar à praça General Calheiros (actual Praça da Independência). Continuava pela Rua da Alegria (actual Rua do Município) que dava acesso ao Largo da igreja da Conceição, seguia pela Rua de S. João e culminava no hospital e o lazareto.
No inicio do século XX, quando a ilha exportava, ainda em pouca escala, cacau, coconote, copra, óleo de palma, óleo de baleia, cola e quina, a maior preocupação das autoridades coloniais baseava-se na melhoria sanitária da cidade, tal como o descreve o coronel médico Bruto da Costa, no seu livro “Vinte e três anos ao serviço do País”, referindo-se a S.Tomé: “Creio que por aquela terra se pensava que a imundice matava os micróbios …, pois dificilmente se encontravam habitações, mesmo particulares, em condições higiénicas.
Quem hoje desembarca na ilha de S.Tomé e visita a sua cidade não faz ideia do que ela foi, há mais de trinta e cinco anos. Apresentava naquela época um aspecto duma terra podre e insalubre, pois encontrava-se rodeada de pântanos e imundícies de toda espécie; as casas eram, na maioria, de madeira desafiando as leis do equilíbrio; as ruas abandonadas de limpeza e pessimamente calcetadas”.
Preocupações que inicialmente foram atendidas pelo governador Jayme Daniel Loete do Rego e o director das obras publicas o engenheiro Ezequiel de Campos (Obras publicas de S.thomé, Plano de melhoramento locaes projectos de leis, 1912 Livraria Ferin,Lisboa) em 1900 com a construção dos caminhos de ferro na cidade e os aterros aos pântanos e que foram continuadas pelo governador Pedro do Amaral Boto Machado em 1913 com as obras de melhoramento do hospital que “…foi delineado pelo engenheiro Guedes Quinhones …” , onde também desapareceram os antigos carreiros e deram lugar a ruas largas, bem delineadas e arborizada onde as antigas casas em madeira foram desaparecendo aos poucos e dando lugar aos chaléts cuja construção obedecia os preceitos estéticos e higiénicos.
No inicio do século XX, quando a ilha exportava, ainda em pouca escala, cacau, coconote, copra, óleo de palma, óleo de baleia, cola e quina, a maior preocupação das autoridades coloniais baseava-se na melhoria sanitária da cidade, tal como o descreve o coronel médico Bruto da Costa, no seu livro “Vinte e três anos ao serviço do País”, referindo-se a S.Tomé: “Creio que por aquela terra se pensava que a imundice matava os micróbios …, pois dificilmente se encontravam habitações, mesmo particulares, em condições higiénicas.
Quem hoje desembarca na ilha de S.Tomé e visita a sua cidade não faz ideia do que ela foi, há mais de trinta e cinco anos. Apresentava naquela época um aspecto duma terra podre e insalubre, pois encontrava-se rodeada de pântanos e imundícies de toda espécie; as casas eram, na maioria, de madeira desafiando as leis do equilíbrio; as ruas abandonadas de limpeza e pessimamente calcetadas”.
Preocupações que inicialmente foram atendidas pelo governador Jayme Daniel Loete do Rego e o director das obras publicas o engenheiro Ezequiel de Campos (Obras publicas de S.thomé, Plano de melhoramento locaes projectos de leis, 1912 Livraria Ferin,Lisboa) em 1900 com a construção dos caminhos de ferro na cidade e os aterros aos pântanos e que foram continuadas pelo governador Pedro do Amaral Boto Machado em 1913 com as obras de melhoramento do hospital que “…foi delineado pelo engenheiro Guedes Quinhones …” , onde também desapareceram os antigos carreiros e deram lugar a ruas largas, bem delineadas e arborizada onde as antigas casas em madeira foram desaparecendo aos poucos e dando lugar aos chaléts cuja construção obedecia os preceitos estéticos e higiénicos.
Vista da cidade, em primeiro plano a pousada Miramar/Cabo submarino, a casa dos pescadores e a construção do estádio Sarmento Rodrigues, actual estádio 12 de Julho
Deve ter sido também nesse período que foram realizadas as obras da nova travessia próxima da foz do rio Água Grande, que servia de acesso às locomotivas que se dirigiam ao porto.
Preocupações que foram concretizadas em meados da década de 40 do século XX, durante a administração do governador Tenente-coronel Carlos Sousa Gorgulho que não obstante ter sido marcada negativamente pelos acontecimentos que ficaram conhecidos como Massacre de Batepá forjou a implementação de um ambicioso plano urbanístico na ilha, tendo como finalidade a atingir a nomeação do titular para o cargo de governador-geral de Angola. Consistia o projecto em tornar a cidade de S.Tomé em “uma cidade nova cheia de belas e largas avenidas, belos edifícios e esplêndidas moradias, distribuídas por toda cidade e convenientemente protegidas contra mosquitos com redes milimétricas, jardins, pântanos aterrados, água, luz, ruas asfaltadas ou cimentadas, enfim, uma cidade urbanizada”.
Plano que tinha como objectivos o saneamento da cidade e das vilas, o que correspondia ao aterro dos pântanos de Santo António, Sebastião, Lucumi, Ponta Mina, Pótó-pótó e Conceição, a construção de alguns edifícios públicos de apoio sanitário como os da Delegacia de Saúde (actual Posto Médico ao lado da CST), o Balneário Público, a Creche/ Lactário (actual Patronato), “inaugurada em 1950… está situada no centro da cidade na avenida principal junto da delegação da saúde e perto do novo edifício do dispensário, rodeada de jardins” , o Dispensário Anti-Tuberculose (actual Ministério da Saúde) “inaugurou-se no dia 28 de Maio de 1951 e está num local onde existia «capim» e ruínas de prédios demolidos, junto da delegação de saúde, no meio de placas ajardinadas encontra-se este moderno, elegante e simultaneamente sóbrio, edifício”.
O Dispensário Anti-Tuberculose, actual Ministério da Saúde
Relativamente a edifícios públicos, plano incluía ainda a construção de novos edifícios para a instalação dos serviços públicos, como o edifício que actualmente alberga a Direcção do Turismo, o Palácio do Governo (actual Palácio Presidencial), a Câmara Municipal, o Sindicato (actual Arquivo Histórico), o Rádio Clube (actual Rádio Nacional), a Casa dos Pescadores (antiga Pousada Bengue Doxi), o Palácio da Justiça (nos terrenos onde está o prédio do banco), a Central Eléctrica, o Quartel da Policia Indígena e a Cadeia.
Incluía ainda outras obras de destaque, como o Aeroporto Salazar (o antigo aeroporto), o Estádio Sarmento Rodrigues (actual Estádio Nacional), o Bairro Oliveira Salazar (actual Bairro 3 de Fevereiro/Avenida das Nações unidas/ Avenida Amílcar Cabral), o Bairro Marcelo Caetano (actual Bairro Yon Gato), o Bairro do Hospital, o Bairro da Ponta Mina, o Bairro da Creche/ Lactário, o Bairro do Aeroporto, o Bairro da Avenida da Armada (a rua do Náutico), o Bairro Dr. Vieira Machado(actual Pantufo) e algumas importantes infra-estruturas como o Cinema Império (actual Cinema Marcelo da Veiga) construído em 1950,a Escola de Artes e Ofícios (actual Direcção de Ensino Secundário, que alojou anteriormente a Albergaria das Obras Públicas e sofreu obras de transformação e ampliação), a Piscina Municipal Miramar (actual Clube Náutico, em ruínas), e o Mercado Municipal.
Antiga Albergaria das Obras Públicas,Escola de Artes e Ofícios e actual Direcção de Ensino Secundário
Ainda relativamente aos espaços públicos, para além dos já acima citados, integravam o plano de Carlos Gorgulho novos espaços como, por exemplo o do Dispensário Anti-Tuberculoso, o largo Bruto da costa (frente ao centro cultural português), o Jardim João Braga (actual Jardim 1º de Maio, que se situa entre o Parque Infantil (actual jardim do Senhor Secreta) e a Central Eléctrica, a Praça Marechal Carmona “… situada entre o cinema e a baia, rodeando uma grande praça que tomara o nome do saudoso Marechal Carmona” (nas traseiras do edifício do Ministério da Educação), e a praça ao lado chamada actualmente de Uccla.
Em termos de edifícios religiosos, esta fase veio a confirmar o desaparecimento de algumas igrejas que outrora se situavam fora do núcleo da cidade, como as de S. Miguel, do Rosário e de Santo António.
Nesta época, o feito mais relevante foi a profunda remodelação da Sé “em Julho de 1937 iniciaram-se as obras desta igreja pela elevação das paredes, modificação do telhado, dos beirais, das janelas, das torres e de toda a frontaria do edifício. As paredes subiram 1,5 e as torres 9,85 ms.
Substituíram-se as vergas rectas de portas e janelas por vergas de arco romano e modificou-se totalmente, sob um novo aspecto, de arquitectura românica, a fachada principal do edifício. Esta conpreende 9 janelas jeminadas sendo uma triforme no centro da fachada; duas torres em cinco corpos cada uma; o pórtico formado por duas colunas de ordem toscana com um frontão triangular”.
“Como era mais próprio as dimensões do corpo principal da igreja que tem 28 metros de comprimentos por 19 de largura, e ao carácter arquitectónico da construção, projectaram-se uma abobada central e duas abóbadas laterais, dividindo assim o corpo da igreja em três naves.
Ergueram-se longitudinalmente duas séries de pilares rectangulares com as fundações em sapatas de betão armado. Os pilares, em cada serie, foram unidos entre si por arcos de volta perfeita e sobre eles construíram as abobadas laterais que cobrem as três naves…Tanto a base com o capitel dêstes pilares rectangulares hão-de ter respectivamente a mesma moldura das pilastras do arco cruzeiro.
A estrutura tanto interior como exterior é, pois, no seu conjunto do mesmo estilo arquitectónico. E as sim, quer nas modificações que introduziram, quer nas obras novas que se ergueram na igreja da Sé Catedral, se respeitou a tradição de 364 anos, longo período durante o qual se procurou concluir as obras deste edifício em que predominava o arco de volta românico”.
Nesta época, o feito mais relevante foi a profunda remodelação da Sé “em Julho de 1937 iniciaram-se as obras desta igreja pela elevação das paredes, modificação do telhado, dos beirais, das janelas, das torres e de toda a frontaria do edifício. As paredes subiram 1,5 e as torres 9,85 ms.
Substituíram-se as vergas rectas de portas e janelas por vergas de arco romano e modificou-se totalmente, sob um novo aspecto, de arquitectura românica, a fachada principal do edifício. Esta conpreende 9 janelas jeminadas sendo uma triforme no centro da fachada; duas torres em cinco corpos cada uma; o pórtico formado por duas colunas de ordem toscana com um frontão triangular”.
“Como era mais próprio as dimensões do corpo principal da igreja que tem 28 metros de comprimentos por 19 de largura, e ao carácter arquitectónico da construção, projectaram-se uma abobada central e duas abóbadas laterais, dividindo assim o corpo da igreja em três naves.
Ergueram-se longitudinalmente duas séries de pilares rectangulares com as fundações em sapatas de betão armado. Os pilares, em cada serie, foram unidos entre si por arcos de volta perfeita e sobre eles construíram as abobadas laterais que cobrem as três naves…Tanto a base com o capitel dêstes pilares rectangulares hão-de ter respectivamente a mesma moldura das pilastras do arco cruzeiro.
A estrutura tanto interior como exterior é, pois, no seu conjunto do mesmo estilo arquitectónico. E as sim, quer nas modificações que introduziram, quer nas obras novas que se ergueram na igreja da Sé Catedral, se respeitou a tradição de 364 anos, longo período durante o qual se procurou concluir as obras deste edifício em que predominava o arco de volta românico”.
Nota-se uma reorganização de alguns edifícios, como a Cadeia e o Quartel da Policia que, na fase anterior, estavam perto do pântano do Espalmadouro e que foram ambos transferidos para a parte sul da cidade. Entretanto, no novo quarteirão instalado no núcleo da Sé/Misericórdia, onde anteriormente se situava o posto meteorológico, este serviço é transferido para perto do Aeroporto Salazar, tendo o antigo edifício sido demolido, bem como o respectivo quarteirão. Este foi posteriormente ocupado pela Avenida que compõe a baía de Ana Chaves, que na altura se chamava Avenida do Cimento /Barão de Agua Izé.
O traçado urbano sofre forte alteração com a perda de importância da Rua Direita, devido à inclusão de novos arruamentos, como se pode constatar, em 1940, no plano urbanístico de São Tomé, de autoria do arquitecto João António de Aguiar”…a cidade fica englobada en- tre a baia e uma estrada de circunvalação, ainda não construída, que vai desde o encontro da actual estrada do aeroporto com a rampa do hospital, se dirige para sul, contornando depois o grande bairro residencial de nativos, cemitério, etc, atravessando em diagonal a propriedade «Vila Fernanda», vai cruzar a estrada da Trindade e depois a do Bom-Bom a cerca de 250 metros do ponto onde actualmente se inicia, junto ao Agua - Grande; contorna em seguida as actuais instalações do Corpo da Policia e Armazéns Municipais e dirigindo-se para Norte, passa entre o Bairro Salazar e o Estádio terminando na actual estrada do Pantufo.Persiste a avenida Marginal desde o Pantufo ate ao Aeroporto.
Para Leste, fica o grande bairro residencial dos nativos já hoje iniciado com as casas da avenida Marcelo Caetano (actual bairro Yon Gato) e que no futuro se prolongará para o interior, com cerca de uma dezena de filas de casas paralelas á actual mente construída.
Junto da estrada da Trindade fica a zona destinada a «industria ligeira».A actual zona comercial, mantém-se e com o mesmo destino.
A zona dos grandes edifícios públicos ficara situada entre o cinema e a baia, rodeando uma grande praça que tomara o nome do saudoso Marechal Carmona. O talhão colocado entre as avenidas Governador Carlos Gorgulho (actual avenida da independência) e a do bairro Salazar (actual Avenida das Nações Unidas e Bairro 3 de Fevereiro) recebera o Palácio do Governo, enfrentando a baia, depois de deslocados os actuais edifícios da rádio”.
Nesta altura a cidade era dividida por três zonas: a oriental, central e acidental.
-Na parte oriental que se estende do mar a Leste até o rio Água grande e englobava o bairro Salazar e algumas cubatas edificadas pelos quintais, de casas de madeira, de construção mais cuidada, puxadas a face das ruas.
O traçado urbano sofre forte alteração com a perda de importância da Rua Direita, devido à inclusão de novos arruamentos, como se pode constatar, em 1940, no plano urbanístico de São Tomé, de autoria do arquitecto João António de Aguiar”…a cidade fica englobada en- tre a baia e uma estrada de circunvalação, ainda não construída, que vai desde o encontro da actual estrada do aeroporto com a rampa do hospital, se dirige para sul, contornando depois o grande bairro residencial de nativos, cemitério, etc, atravessando em diagonal a propriedade «Vila Fernanda», vai cruzar a estrada da Trindade e depois a do Bom-Bom a cerca de 250 metros do ponto onde actualmente se inicia, junto ao Agua - Grande; contorna em seguida as actuais instalações do Corpo da Policia e Armazéns Municipais e dirigindo-se para Norte, passa entre o Bairro Salazar e o Estádio terminando na actual estrada do Pantufo.Persiste a avenida Marginal desde o Pantufo ate ao Aeroporto.
Para Leste, fica o grande bairro residencial dos nativos já hoje iniciado com as casas da avenida Marcelo Caetano (actual bairro Yon Gato) e que no futuro se prolongará para o interior, com cerca de uma dezena de filas de casas paralelas á actual mente construída.
Junto da estrada da Trindade fica a zona destinada a «industria ligeira».A actual zona comercial, mantém-se e com o mesmo destino.
A zona dos grandes edifícios públicos ficara situada entre o cinema e a baia, rodeando uma grande praça que tomara o nome do saudoso Marechal Carmona. O talhão colocado entre as avenidas Governador Carlos Gorgulho (actual avenida da independência) e a do bairro Salazar (actual Avenida das Nações Unidas e Bairro 3 de Fevereiro) recebera o Palácio do Governo, enfrentando a baia, depois de deslocados os actuais edifícios da rádio”.
Nesta altura a cidade era dividida por três zonas: a oriental, central e acidental.
-Na parte oriental que se estende do mar a Leste até o rio Água grande e englobava o bairro Salazar e algumas cubatas edificadas pelos quintais, de casas de madeira, de construção mais cuidada, puxadas a face das ruas.
-Na parte central englobava o rio Agua Grande até a igreja da Conceição e era a principal zona da cidade onde estavam instalados os edifícios comerciais e era o centro das operações mercantis e o ponto de passagem de géneros a exportar e importar já que era nesta zona aonde estava a alfândega e o porto cais.
-Na parte ocidental para lá da igreja da Conceição, no actual bairro de São João que anteriormente era o bairro indígena e era constituído por casas desorganizadas e isoladas e cubatas disseminadas por entre coqueiros.
Gostava de saber de onde foi retirada a informação para esta quarta fase de desenvolvimento da cidade, pois estou a fazer um trabalho sobre a mesma e o plano da cidade de São Tomé da autoria do arquitecto João António de Aguiar, conforme o e-mail que enviei ao autor do blogue.
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